Criatividade na Vida
- Hugo Moreira
- 22 de jun.
- 2 min de leitura

Num destes dias a meio de uma conversa sobre adolescentes e a adolescência, uma jovem esbaforida no decorrer de um dia de trabalho diz-me “Eu não tenho tempo para novas amizades”.
Chocado por tamanha ousadia, questiono-a como é que isso e possível? Entre essa questão e a sua resposta, rompe por mim uma segunda de imediato, “mas o que é para ti uma amizade?” não tenho tempo, entre o trabalho e alguns hobbies, não me resta tempo!”
O tempo e a responsabilidade de criar novas amizades e a disponibilidade para as manter e desenvolver são alguns dos condicionalismos que a pressão social hoje promove.
A sociedade vive à flor da pele para não desiludir nem defraudar as expectativas criadas por dogmas instituídos.
As amizades são os motores que dão energia às sociedades, às tradições e identidades que permitem continuarmos fiéis aos nossos antepassados que outrora olhavam para a AMIZADE como pilar fundamental para vida em sociedade baseada no respeito, confiança e na segurança de que ao nosso lado teremos sempre alguém com quem partilhar algo mais, alguém que aceita desafios, aceita o contraditório e mais do que tudo isso, respeita-nos como SER independente e pensante.
Um grupo de amigos, neste caso devotos do menino, promove ano após ano uma celebração que reúne muito mais do que apenas milhares pessoas, reúne e promove a amizade, promove encontros e reencontros de PESSOAS que ali se reúnem para celebrar acima de tudo a AMIZADE e companheirismo de anos e de histórias.
Há melhor manifestação do que esta?
Haja CRIATIVIDADE para promover a vida e a alegria, dá trabalho? Sim claro, mas não somo todos mais felizes?



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