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𝔽𝕒𝕝𝕒𝕣 𝕖𝕞 𝕡ú𝕓𝕝𝕚𝕔𝕠 𝕠𝕦 𝕗𝕒𝕝𝕒𝕣 𝕔𝕠𝕞 𝕠 𝕡ú𝕓𝕝𝕚𝕔𝕠?


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Decorria o ano de 2012, acabadinho de concluir a formação pedagógica de formadores. Algumas técnicas e teorias frescas na memória e muitas simulações para um público "𝕔𝕠𝕟𝕥𝕣𝕠𝕝𝕒𝕕𝕠", pouco "𝕕𝕖𝕤𝕒𝕗𝕚𝕒𝕟𝕥𝕖" e um ambiente "𝕗𝕒𝕧𝕠𝕣á𝕧𝕖𝕝" deram-me a falsa sensação de que afinal não é assim tão difícil.

Os temas eram confortáveis e moldados para que tudo parecesse mais fácil do que viria a ser, a exigência da audiência era pouca e o que interessava era percorrer todos os módulos de construção da ação de formação, o peixe nadava por águas calmas 🐟.


No mês seguinte sou atirado aos tubarões 🦈, aqui a água era mais agitada e gélida, 🥶 a minha primeira ação de formação! A minha primeira vez - 𝔸 𝕗𝕒𝕝𝕒𝕣 𝕖𝕞 𝕡ú𝕓𝕝𝕚𝕔𝕠!


O público não estava "𝕕𝕠𝕞𝕚𝕟𝕒𝕕𝕠", não os conhecia e o ambiente... completamente 𝕕𝕖𝕤𝕔𝕠𝕟𝕙𝕖𝕔𝕚𝕕𝕠. O tema era confortável e estava descansado, mas o descanso não me acalmava os nervos, os suores frios, o pânico da 𝕣𝕖𝕒çã𝕠 das pessoas que estavam ali para me ouvir falar. 


Todas as estruturas das ações de formação tradicionais são desconfortáveis, para todos! O púlpito, coloca-me num patamar no qual não queria estar e as cadeiras colocam o público lá longe e com uma visão de baixo-cima! 𝙏𝙪𝙙𝙤 𝙚𝙧𝙧𝙖𝙙𝙤! 


Existe um fosso entre nós!


Literal e básico que dificulta a 𝕣𝕖𝕝𝕒çã𝕠 𝕖 𝕖𝕞𝕡𝕒𝕥𝕚𝕒 com o público, como resolver? Na altura o curso não me explicou, fiz toda a minha primeira formação como se de um gravador se tratasse a debitar palavras e palavras 🗣️ ... no meu íntimo pairava a ideia, "𝒊𝒔𝒕𝒐 𝒏ã𝒐 é 𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒏𝒊𝒏𝒈𝒖é𝒎..." mas como o receio era grande falei e falei para que não restasse nenhuma dúvida, não fosse eu não saber responder!


Este foi um momento marcante e que me fez querer saber mais, olhar para os melhores e aprender com eles. 


As nossas conversas em casa e com amigos não são muito mais fáceis? e porquê? Porque temos uma relação com cada um deles e o ambiente é controlado... (águas calmas) 🐟 Como não conseguimos criar relações individuais com cada elemento numa formação, vamos criar uma relação com o público, 𝕧𝕒𝕞𝕠𝕤 𝕗𝕒𝕝𝕒𝕣 𝕔𝕠𝕞 𝕠 𝕡ú𝕓𝕝𝕚𝕔𝕠 e torná-lo no centro da nossa conversa, não vamos centrar a atenção em nós como sendo a coisa mais importante naquele momento.


Hoje, quero saber mais sobre quem me ouve, quero saber o porquê de ali estarem, como ali chegaram, e quero que me digam onde posso ajudar, o resto vem por acréscimo... Quebrar a barreira invisível de formador/formando torna cada sessão mais produtiva, interessante e útil! 


Quem nunca saiu de uma formação com a sensação que foi tempo perdido que atire a primeira pedra🪨 


E tu, que momento da tua carreira nunca vais esquecer?


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